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CAU Mais Perto em Rio Pardo e Venâncio Aires

Localizadas na região centro oriental rio-grandense, Rio Pardo e Venâncio Aires são cidades bastante conhecidas. Uma pelos grandes acontecimentos históricos, a outra pelo grande mercado agricultor. O CAU Mais Perto, programa do CAU/RS de atendimento aos arquitetos e urbanistas e empresas no interior do estado, estará por lá nos dias 20 e 21 de março. Veja abaixo como será o funcionamento.

Rio Pardo

  • Data: 20/03/2017, segunda-feira
  • Não haverá local para atendimento ao público. A equipe do CAU Mais Perto estará dedicada à fiscalização da EXPOAGRO e realizará visita à Prefeitura e fiscalização de obras.

Venâncio Aires

  • Data: 21/03/2017, terça-feira
  • Horário: das 11h às 13h e das 14h às 17h
  • Local: Câmara de Vereadores (Rua Júlio de Castilho, 325)
A coleta biométrica para emissão de carteira só será realizada em profissionais graduados mediante registro no SICCAU, com apresentação do Diploma de Conclusão do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo.

Sobre as cidades

Às margens do rio Jacuí está Rio Pardo, uma das primeiras vilas a serem criadas e a primeira cidade a ser pavimentada no Rio Grande do Sul, dando origem a mais de 200 municípios. Foi fundada em 1807, como Capitania de São Pedro e, em 7 de outubro de 1809, através do Decreto Real assinado por D. João VI, Rio Pardo foi elevada à condição de vila, com o nome de Vila do Príncipe. Em 31 de março de 1846, Rio Pardo se tornou uma cidade. Sendo uma das quatro cidades mais antigas do Rio Grande do Sul, sua história está ligada à formação do estado. Sua origem é essencialmente a partir de eventos de disputas territoriais, entre os principais acontecimentos históricos na cidade estão a Guerra Guaranítica, conflito que resultou na lenda de Sepé Tiaraju, a Revolução Farroupilha, uma das batalhas mais importantes na história do Brasil, e até mesmo a Guerra do Paraguai.

Atualmente, o município é povoado principalmente por açorianos, que colonizaram a cidade durante sua formação, mas a sua antiguidade deixou marcas ainda visíveis na cidade, seja em tradições ou até mesmo na sua arquitetura colonial, com bastante patrimônio histórico. De acordo com João Moacir Petri, arquiteto e urbanista que atua na região, a arquitetura predominante na cidade é, além de colonial, neoclássica, por ser uma cidade antiga, mas Rio Pardo tem também uma tendência contemporânea. Porém, a cidade é muito pobre e falta infraestrutura para viver nela. “Eu fico bastante magoado de estar numa cidade histórica que carece de equipamento e investimento”, comenta Petri.

Rio Pardo: cidade histórica. Foto: Marcos Hoffmann/Viajando de Carro/ClicRBS.

Venâncio Aires foi fundada em 1891, quando se emancipou da cidade de General Câmara. O nome foi dado pelos republicanos rio-grandenses em homenagem ao advogado abolicionista e precursor das ideias republicanas Venâncio de Oliveira Ayres, nascido em São Paulo, e radicado no Rio Grande do Sul. No século XVI a região era habitada por índios, e os primeiros registros escritos de povoamento são de 1762, quando teve a chegada e fixação dos açorianos às margens do Rio Taquari e do Arroio Castelhano, o que intensificou a povoação da cidade. Os colonos açorianos dedicavam-se à pecuária, à exploração de madeira e à produção de erva-mate. Com isso, Venâncio Aires ganhou o título de “Capital Nacional do Chimarrão”, e em comemoração a isso, a cidade sedia a Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), uma das mais completas do Rio Grande do Sul.

A pavimentação da cidade começou em 1913, com o planejamento das ruas do centro da cidade em linhas retas. Em 1920, a iluminação pública passou a ser com lâmpadas. Surgiram os primeiros telefones na cidade e a população atingia 17 mil habitantes. Atualmente, segundo a arquiteta e urbanista Sabrina Lücke, que atua na região, a cidade possui um traço urbanístico bastante regular, com quadras e lotes de características geométricas bastante fortes. O crescimento da cidade ocorre principalmente sem suas bordas, pelo fato do centro já estar consolidado em sua ocupação, havendo algumas interferências e/ou substituições de antigas edificações por outras mais contemporâneas. “A arquitetura é bastante diversificada. A colonização alemã está bastante marcada nas residências com telhados aparentes, principalmente as pertencentes à população mais velha. Já nas novas edificações, há a presença de traços mais contemporâneos, com linhas mais retas, algumas platibandas e detalhes como brises, concreto aparente, etc.”, comenta a arquiteta e urbanista.

Ainda, Sabrina afirma que o mercado em Venâncio Aires é bastante promissor e vem crescendo bastante a competitividade profissional, principalmente por haver duas universidades locais que ofertam o curso na região. “Há muito a ser trabalhado, tanto na parte da arquitetura predial, quanto a urbanística”, comenta.

Detalhe da Igreja Matriz de São Sebastião Mártir em Venâncio Aires. Foto: João Antônio de Carvalho/Destinos do Sul.

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