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Saúde mental no ensino da Arquitetura e Urbanismo: como os futuros profissionais estão se cuidando?

Durante o Setembro Amarelo, o CAU/RS reforça a importância de hábitos saudáveis durante a graduação.

Nos cursos de Arquitetura e Urbanismo, a alta carga de trabalho e os prazos coincidentes fazem com que os estudantes precisem dedicar muito tempo fora de sala de aula para obter êxito em todas as cadeiras. Do ponto de vista dos profissionais de Ensino, o curso também exige horas de preparação das aulas e, atualmente, os professores precisaram adaptar-se ao ensino remoto, necessário neste momento de distanciamento social. Durante o Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, e pensando na saúde mental dos futuros profissionais da área, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS) busca conscientizar profissionais, sejam eles em formação ou já formados, sobre a importância de manter hábitos saudáveis durante o período da graduação.

Como está a saúde mental dos estudantes?

A Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (FeNEA) reconhece que a carga-horária exigida está diretamente relacionada ao desgaste mental dos alunos. Segundo a acadêmica e uma das diretoras gerais da FeNEA, Francieli Schallenberger, na maioria dos casos, não existe um amparo por parte da Instituição de Ensino: “Muitas vezes, parte dos alunos fazer com que haja uma conscientização sobre o tema”. 

Para a estudante Helena Ew, o curso de Arquitetura e Urbanismo deve ser atualizado: “Precisamos planejar um curso que seja conhecido pela importância que dá ao bem-estar das pessoas, na sala de aula e na cidade. Um curso reconhecido pela qualidade de ensino e da produção científica, para deixarmos para trás essa história de virar noite, que não agrega em nada”.

Para difundir conhecimento sobre o tema na universidade, a UFRGS criou, em 2018, o GT de Saúde Mental Discente. Com o apoio do Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Atenção à Saúde (Cipas) e do Departamento de Atenção à Saúde (DAS), o grupo criou o portal Saúde Mental, que disponibiliza conteúdos sobre o tema, além de oferecer um guia de busca de atendimento à profissionais da psicologia.

É fundamental falar sobre saúde mental no ambiente acadêmico, pois os estudantes de hoje são os profissionais de amanhã. Se arquitetos e urbanistas desejam e trabalham por cidades melhores para todos, precisamos de profissionais saudáveis, conscientes dos limites do corpo e da própria mente, para planejar esses espaços.

Saiba mais

Uma pesquisa realizada pela União dos Estudantes de Pós-Graduação em Arquitetura, Paisagem e Design da Universidade de Toronto, no Canadá, pedia aos alunos que avaliassem sua experiência na universidade. A maioria dos graduandos admitiu pular refeições, diminuir horas de sono e não realizar exercícios físicos ou atividades extracurriculares em nome da formação acadêmica.

Em 2015, a inglesa Eleni Mizali resolveu documentar sua evolução física e psicológica enquanto desenvolvia seu trabalho de conclusão para o curso de Arquitetura da Universidade de Nottingham. Para o desenvolvimento do projeto, a estudante dormia menos de 5 horas a cada dois ou três dias, consumindo cafeína, energéticos e drogas para estimular sua concentração. Confira a evolução da estudante no vídeo:

 

 

 

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