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Estudantes gaúchos em destaque no Concurso 015 da Projetar.org

O Portal Projetar.org divulgou os vencedores do Concurso #015, que propôs aos estudantes projetarem um novo pavilhão brasileiro na Bienal de Veneza. A ideia é que o novo pavilhão seja um símbolo nacional de fácil reconhecimento, tanto por estrangeiros quanto por brasileiros, em um dos mais importantes eventos internacionais de arquitetura e arte.

Realizado para estudantes de arquitetura e urbanismo, o concurso contou com a participação de 110 projetos entregues de equipes compostas por participantes dos mais diversos estados brasileiros, oportunizando aos estudantes o aperfeiçoamento, formação e divulgação de um portfólio consistente do acadêmico.

O tema tinha como mote “arquitetura social e a importância da arquitetura para um futuro mais humano e otimista”. A competição premiou cinco estudantes que projetaram um novo pavilhão brasileiro na Bienal de Veneza, tornando-o um símbolo nacional de fácil reconhecimento, tanto por estrangeiros quanto por brasileiros. A premiação incluiu dinheiro e publicação dos projetos em sites e blogs de alcance nacional.

Um grupo composto por estudantes da UniRitter, de Porto Alegre, está entre os vencedores. Lucas Santos da Silva, Felipe Friedrich Stockler, Vinicius Fahrion Martini e Pedro Guerreiro da Cunha ficaram em segundo lugar no certame e concederam entrevista ao CAU/RS. Apesar de ainda estudantes, demonstram maturidade e interesse em conhecer os diversos campos de atuação profissional, como o dos concursos de projetos. Clique aqui para acessar a prancha do projeto e confira a entrevista a seguir.

Projeto de estudantes gaúchos ficou em segundo lugar no Concurso Projetar 015.

Estudantes gaúchos em destaque no Concurso Projetar 015

CAU/RS – Como vocês tomaram conhecimento do concurso?

O Portal Projetar.org já é bastante conhecido entre estudantes de arquitetura e urbanismo do Brasil. De um tempo para cá ficamos interessados em concursos entre os grandes escritórios de arquitetura, não só os nacionais como também os internacionais. Desta forma, surgiu o interesse de participar de concursos para estudantes. Acreditamos que competições assim são uma forma rápida de ganhar experiência em diferentes tipos de projetos que não se aprende na faculdade. Isso varia desde projetos de edificações de pequenas escalas, como foi o caso do concurso “Brasil em Veneza”, até projetos maiores, de complexos esportivos e planos urbanos.

CAU/RS – Como surgiu a equipe? Vocês já haviam trabalhado juntos anteriormente?

Ficamos bastante próximos depois de sermos colegas na disciplina de Projeto 3 da UniRitter. Na cadeira, participamos de um projeto para exposição dos trabalhos com os professores e arquitetos Felipe Pacheco e Luciano Andrades. Foi justamente este o nosso primeiro trabalho como equipe. Posteriormente, os quatro se juntaram para projetar diversas outras vezes, trocando informações. Em seguida, pensamos em trabalhar juntos em concursos de arquitetura. O pavilhão do Brasil em Veneza foi nosso primeiro trabalho e achamos que foi uma experiência única. A equipe, além de tudo, é bastante amiga e pensa de maneira bem semelhante. Pretendemos nos manter unidos para outros trabalhos.

Equipe G4G4: Lucas Santos da Silva, Felipe Friedrich Stockler, Vinicius Fahrion Martini e Pedro Guerreiro da Cunha.
Equipe G4G4: Lucas Santos da Silva, Felipe Friedrich Stockler, Vinicius Fahrion Martini e Pedro Guerreiro da Cunha.

CAU/RS – Que conceitos nortearam a abordagem estratégica do projeto?

A partir do momento em que lemos o edital do concurso, buscamos elaborar um bom conceito para o projeto. Um projeto para um pavilhão que representasse o Brasil deveria ser bastante conceitual. Desta forma, entendemos que a Amazônia é a parte do país mais importante do país, já que além de ser o pulmão do planeta e ter um valor irrefutável para a sociedade, ela também é reconhecida internacionalmente. Buscamos explorar bastante este conceito, trazendo a floresta para dentro do nosso projeto de uma forma contemporânea. Os pilares e os espaços foram distribuídos de uma forma orgânica, para que se transmitisse ao visitante a ideia de que o mesmo está caminhando dentro da floresta. Assim, conseguimos reproduzir a identidade do Brasil antes da colonização.

CAU/RS – Houve orientação do corpo docente ou apoio da Universidade?

Tivemos apoio da universidade através do professor e arquiteto Luciano Andrades, que sempre apoiou e incentivou a participação em concursos. Sempre admiramos o trabalho dele e acabamos criando um vínculo de parceria quando foi nosso professor de projeto. Ele norteou as ideias que a equipe tinha para que resultado fosse um bom projeto.

Concurso Projetar 015

O Júri

O júri de integrantes foi composto pelo arquiteto e urbanista Caio Smolarek Dias, idealizador da plataforma Projetar.org, o arquiteto e urbanista Adriano Bruno da RVBA Arquitetos, 1º lugar no concurso Nacional para a Baixinha de Santo Antônio, e o arquiteto Pedro Varella da GRU.A Arquitetos, vencedor do prêmio Tomie Ohtake e autor do livro “Rio Metropolitano: guia para uma arquitetura”, publicado em 2013 e exposto na Bienal de Arquitetura de São Paulo e na Bienal Ibero americana de Rosário.

A Bienal

A Bienal de Veneza é um evento de grande importância global para os arquitetos, pois é capaz de sintetizar a produção mais recente contemporânea, seja por conta dos convites especiais a artistas e arquitetos, seja através das representações nacionais em seus respectivos pavilhões.

A última edição da Bienal de Artes, atraiu mais de 500 mil pessoas durante sete meses de mostra, desta forma, o vencedor do concurso terá a possibilidade de ver seu projeto exposto na próxima Bienal, através de uma ótica globalizada, inundada de visitantes ansiosos para saber as novidades do mundo das artes.

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