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Estudante de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS é destaque em concurso do Portal Projetar

Laura Flach Aurvalle ganhou Menção Honrosa no 34º Concurso de Arquitetura do Projetar, que previa a criação de um parklet 4.0.

O Portal Projetar é conhecido nacionalmente pelos concursos de Arquitetura, Urbanismo e Design que promove para estudantes e recém-formados brasileiros. Assim, seu 34º Concurso de Arquitetura propôs a criação de um parklet 4.0, imaginando que em um futuro próximo as pessoas voltarão a ocupar as cidades, ávidas por oportunidades de socialização.

“Como um projeto efêmero de pequena escala e rápida implantação, cujo propósito é promover a convivência urbana, o parklet apresenta-se como o objeto ideal para que esta experimentação se materialize. O principal desafio ao se projetar um parklet é torná-lo convidativo o suficiente para que as pessoas se apropriem dele, respondendo aos anseios das pessoas em relação à cidade, cada qual com a sua particularidade”, destacava o Portal.

 

Menção honrosa

A estudante de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Laura Flach Aurvalle ganhou Menção Honrosa no concurso e compartilhou com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS) um pouco dessa experiência. Ela comenta que trabalhar com propostas criativas dentro de um ambiente competitivo incentiva a busca por um projeto que se destaque dos demais, trazendo soluções interessantes e engenhosas: “Participar de concursos de arquitetura, principalmente durante a faculdade, me parece uma ótima forma de aprendizado extracurricular e aperfeiçoamento profissional. Este foi o primeiro concurso que participei sozinha, então a concepção do projeto foi mais desafiadora, já que não contava com colegas para debater o tema”.

Laura acredita que concursos de Arquitetura, sobretudo voltados para estudantes e recém-formados, têm como papel principal promover reflexões sobre situações reais que precisam ser mudadas. “É uma ferramenta excelente para fomentar a busca por soluções diferenciadas para problemas atuais não contemplados na universidade”.

Sobre o projeto

A estudante conta que o mote do projeto surgiu de uma análise introspectiva sobre a evolução das cidades, com atenção especial ao papel da tecnologia sobre elas: “Devido aos acontecimentos globais deste ano, li muitos artigos e reportagens sobre a importância da Arquitetura não apenas no desenvolvimento urbano, mas também na solução de crises sanitárias passadas e como as cidades mudaram a partir delas”.

Para Laura, estava claro que o projeto deveria utilizar tecnologias em todas as etapas (projetual, construção, instalação e uso, além de permitir a posterior reciclagem de seus materiais) e, sobretudo, ser construído e implementado hoje, de forma rápida, barata e em grande escala, para amenizar tanto os problemas comuns às cidades atuais, como os urgentes desafios trazidos pela pandemia.

Parklet facilitador da vida na cidade

O projeto deste parklet pode ser descrito em duas escalas: imediata e urbana. Dentro da primeira escala o projeto se ocupa de criar um equipamento de fácil construção, instalação e replicação. Seu módulo básico permite inúmeras expansões laterais, caso a rua disponha de mais espaço, além de grande adaptabilidade de funções. O parklet é constituído por um tubo colorido em alumínio que serpenteia pela estrutura de madeira, gerando três ‘espaços virtuais’ (que abrigam uma zona de 1,5 m de distanciamento entre eles), além dos equipamentos que o compõe. Estes equipamentos são classificados como ‘básicos’ (lixeira, bicicletário, bancos, floreiras e um poste de controle e iluminação), que estão presentes em todos os parklets, e ‘tipos’ que podem ser encomendados visando a melhor implantação possível em relação ao seu contexto (estar, academia, playground ou multifuncional)”, destaca.

“Na escala urbana, ele funciona como ponto analítico da mobilidade e conectividade urbana, através dos ‘postes de controle’ presentes em todos os módulos básicos. A informação coletada de cada parklet é somada e ajuda órgãos públicos no planejamento urbano, de trânsito, de transportes e infraestruturas da cidade. Ela facilita o levantamento de fluxos e demandas de pontos específicos, além de possibilitar a compreensão em rede dos problemas a serem solucionados”, complementa a estudante.

“No plano virtual, estes dados podem ser vinculados aos levantamentos de satélite para uma maior precisão de aplicativos de tráfego e mapas, entregas e transporte. Novos aplicativos de monitoramento de transporte público, podem estimar a localização e tempo de espera para determinada linha ou veículo, transmitindo esta informação diretamente para o usuário, bem como informar no próprio equipamento da parada. Dessa forma, a implantação desse sistema de parklets articula o espaço e soluções físicas com a evolução tecnológica da cidade”, finaliza.

 

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