Ensino

CEF apresenta resultados da pesquisa sobre o ensino de Arquitetura e Urbanismo na pandemia

Dados serão exibidos também no Webinário de Ensino e Formação promovido pelo CAU/RS dias 24 e 25 de junho.

 

A Comissão de Ensino e Formação (CEF) promoveu em 2020 e 2021 uma pesquisa sobre o ensino de Arquitetura e Urbanismo durante a pandemia de Covid-19. Ela foi realizada em duas etapas: a primeira entre 21 de agosto e 15 de setembro de 2020 e a segunda entre 25 de fevereiro e 31 de março de 2021. O alcance foi de 32 e 86 manifestações da comunidade acadêmica do Rio Grande do Sul, respectivamente.

O Ensino a Distância (EaD) é uma preocupação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS), que reuniu em uma página as principais ações realizadas em defesa da qualidade do ensino da profissão. O Ensino Remoto Emergencial (ERE), a Portaria MEC nº 544, que dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto perdurar a pandemia e demais deliberações relacionadas ao tema motivaram a realização da pesquisa.

A seguir, confira os resultados apurados:

 

  • Gratuidade e localização das Instituições de Ensino Superior (IES): a maioria dos professores está em instituições privadas e no interior do estado, o que demonstra uma democratização territorial na oferta de cursos, porém mercadológica, em detrimento do acesso democrático ao ensino gratuito.

 

  • Infraestrutura e condições pessoais de Aprendizagem em Ambiente Virtual (AVA): em geral, houve consulta a alunos, sendo que uma metade das IES disponibilizou microcomputadores a quem precisasse. Professores, em maioria, não foram questionados. Em relação à capacitação para a transição às ferramentas de ensino remoto, os docentes foram mais bem assistidos.

 

  • Realização e adaptação das atividades em AVA: a maioria adotou a ferramenta para todas as atividades, o que repercute, inclusive, nos conteúdos ministrados com práticas que necessitam de presencialidade. Os que adotaram parcialmente a ferramenta, suspendendo, em especial, as atividades que exigiam práticas, ficaram em segundo lugar. Apenas uma mínima parcela suspendeu todas as atividades práticas e teórico-práticas.

 

  • Atividades práticas de viagens de estudo, experimentação em laboratórios e visitas a canteiros de obras foram as mais prejudicadas, nesta ordem. A metade das IES adaptou a produção em ateliê para o AVA, já as aulas de conferências e palestras foram as práticas mais empregadas no modelo virtual. Os Trabalhos de Conclusão de Curso tiveram uma adesão ao AVA em cerca de 90% dos casos e as avaliações para aferição de aprendizagem são feitas, em maioria, de modo integralmente virtual.

 

  • Foram apontados mais prejuízos que benefícios, em especial, nas questões relacionadas à baixa interação, sobrecarga e necessidade de adaptação da casa para abrigar o home office. A deficiência do ensino nas práticas de ateliê, no exercício do desenho à mão livre, na perda da concepção espacial e de escala, inclusive, enfrentadas pelos alunos dos semestres iniciais, foram questões bastante comentadas.

 

Clique aqui e acesse o relatório completo!

 

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