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Arquitetura como ponto de partida para criação

A arquitetura proporciona diversos olhares para o mundo: um olhar estético mais apurado, capaz de gerar criatividade em diversas áreas. Em reportagem anterior, apresentamos profissionais que se dedicam à fotografia (clique aqui para ler o texto). Desta vez, buscamos personagens que têm a arquitetura como ponto de partida para a criatividade.

Instalação “Entre” de Liana Timm.

Liana Timm é arquiteta e urbanista de formação. Em seu currículo mais atual, rico conhecimento em artes plásticas e design. Formada nos anos 70, sempre entendeu que “a faculdade funciona como um caldeirão de criatividade, somando às necessidades práticas, que possibilitavam levar o projeto à sua realização”. E isso quer dizer que música, artes visuais, teatro, poesia, filosofia, psicologia, sociologia, antropologia, história da arte e diversas outras áreas do conhecimento fazem sentido na formação do futuro arquiteto. ”Saímos da faculdade com a capacidade de atuar, além da arquitetura, no design de produto, interiores e gráfico, no urbanismo, na cenografia, na comunicação visual e em outras tantas áreas profissionais”, comenta.

Liana manteve-se no meio universitário ensinando estudantes de arquitetura e urbanismo por mais de 20 anos, buscando não só a abordagem de temas específicos, mas também conhecimentos que poderiam favorecer o pensamento autônomo, aberto, livre e criativo dos futuros arquitetos. “O ensino foi encarado sempre como um espaço de valorização de diversidade, resistência, descontinuidade, ruptura, renovação e invenção”. Atualmente, Liana Timm é artista multimídia, arquiteta e urbanista, poeta e designer. “Muitas vezes me perguntam quando e como escolhi fazer o que faço, pois estes múltiplos interesses povoam a minha vida. Fico um pouco perdida e com certa dificuldade de encontrar a resposta. É quase como ter que responder quando comecei a respirar. A gente nem se dá conta; simplesmente acontece. E esse caminho que hoje trilho foi acontecendo e se agregando às minhas necessidades vitais”.

Atelier Incessante de Liana Timm.

Longe do universo de projetos e obras, a arquiteta e urbanista Priscila Elisa Berselli coordena a própria marca de acessórios, a Côté. Formada em 2012, ela tem a certeza que “a arquitetura é um curso que abre muitas possibilidades profissionais e dá uma base incrível para o processo de criação”. A Côté, inaugurada em 2015, nasceu como uma provocação sobre o uso e a valorização de resíduos de descarte, tendo a arquitetura como inspiração.

Após cursar uma pós-graduação em Design Moveleiro, Priscila teve contato direto com esse setor e daí a ideia de gerir melhor o uso de materiais. “Apresentar uma visão mais contemporânea de uso aparente e com acabamento natural dos materiais, e que de alguma forma segue uma tendência da arquitetura, é algo inusitado para esse nicho. Então, é muito bacana ver uma visão diferente ser bem aceita”, comenta. A arquitetura funciona como um ponto de partida para diversos horizontes.

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