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Arquitetos e urbanistas: protagonismo na construção do espaço urbano

Com tantas mudanças acontecendo no nosso relacionamento com o trabalho, a cidade e as pessoas e com demandas cada vez mais urgentes, é sempre bom ouvir a opinião de profissionais experientes sobre o que está por vir. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS) perguntou para representantes das entidades de arquitetos e urbanistas qual o futuro da profissão de arquiteto e urbanista. Confira os depoimentos a seguir:

Para Paulo Henrique Rodrigues, presidente da Associação de Brasileira de Escritórios de Arquitetura (AsBEA/RS), “precisamos trazer de volta a valorização da arquitetura, da participação do arquiteto na construção dos espaços urbanos com projetos presentes e caminhos possíveis de futuro”.

“Somos coautores das cidades, dos cenários em que vivemos e das próximas gerações. No dia a dia da profissão, em meio aos avanços tecnológicos e da dinamicidade do mercado, não podemos perder de vista conceitos como qualidade de vida, sustentabilidade e inovação. Nossos processos criativos e produtivos precisam ser permeados por essas premissas e seremos exigidos, cada vez mais, por isso. São oportunidades que surgem e que precisamos aproveitá-las a nosso favor”, destacou Paulo.

Maria Teresa Peres de Souza, nova presidente do Sindicato dos Arquitetos no Estado do Rio Grande do Sul (SAERGS), relembra que o assunto foi tema recorrente em 2016 em função dos eventos em parceria com a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) durante o 40º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos. “Temas que surgiram e que entendo de grande relevância foram o foco no trabalho coletivo e a aproximação dos profissionais da gestão pública”, recordou.

“Acredito que há um campo de trabalho muito grande para os arquitetos e urbanistas nos municípios brasileiros, carentes de profissionais para atuar nas questões relacionadas ao planejamento e gestão urbana e preservação de patrimônio. Estes são temas de grande relevância para a melhoria de qualidade de vida nas cidades brasileiras e serão foco de atenção desta gestão do SAERGS, em continuidade ao trabalho que já vinha sendo feito”, ressaltou Maria Teresa.

Rafael Passos, eleito presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento Rio Grande do Sul (IAB RS) para o triênio 2017/2019, ressalta que o futuro da profissão – o exercício da arquitetura e urbanismo no Brasil – depende fundamentalmente de demonstrar sua importância para a vida das pessoas e para a qualidade e eficiência nas relações do ser humano com o ambiente. “Tanto a ampla divulgação dos bons exemplos de arquitetura e urbanismo realizada pelos profissionais, quanto o engajamento das entidades e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo em prol do reconhecimento da importância do setor junto à sociedade, Estado e mercado são atitudes fundamentais”, reforçou.

“Precisamos retomar um protagonismo que de alguma forma nos foi tomado ao longo da história do capitalismo moderno, seja no processo de projeto e obra de arquitetura seja no planejamento e gestão das cidades e do território como um todo. Para tal, nos cabe reivindicar junto à sociedade este espaço que cabe a nós, profissionais mais aptos por formação a liderar tais processos, e que vem sendo tomado por outros profissionais que têm como visão prioritária apenas os aspectos meramente econômicos, senão do retorno rápido, na produção do espaço de viver das pessoas”.

4 respostas

  1. Certíssimos, todos porém não nos esqueçamos do gargalo maior neste momento, de ensino a distancia, nesse quadro sómente se encaixa o Estudo da Arquitetura, como vemos no exterior, e não para a formação do profissional, ao qual cabe a parte técnica total e a prática em atelier, laboratórios e canteiros, para com isso estár capacitado para o exercício pleno de nossa profissão

  2. Falta e me perdoem caso já exista, o instrumento legal institucional recomendando para cargos públicos na área de planejamento urbano a indicação de Arquitetos e Urbanistas.

  3. ” As cidades não deixarão de existir, se não houver Arquitetos e Urbanistas ou Engenheiros Civis a projetá-las e construí-las. Porém vale aqui ressaltar, que sem os profissionais a conduzir tais processos, estaremos no mais absoluto caos, exemplo do que vivemos atualmente. Com o crescimento populacional, a qualidade de vida precisa ser continuamente acessada e elaborada, aplicando os avanços tecnológicos, a favor do conforto e bem estar, com responsabilidade e conhecimento.”

  4. PARABÉNS A ENTIDADE POR SUA ATITUDE, NOS SENTIMOS TODOS ATINGIDOS E ATÔNITOS COM A POSIÇÃO DA CONSTRUTORA. OBRIGADO A ENTIDADE QUE NOS REPRESENTA

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