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5 de outubro: Dia Mundial da Arquitetura

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Nesta segunda-feira, 5 de outubro, comemora-se o Dia Mundial da Arquitetura. A União Internacional dos Arquitetos (UIA), que representa mais de 1.3 milhão de arquitetos e urbanistas de todo o mundo, convida os profissionais a promover ações que apliquem o conhecimento e o poder da arquitetura e do planejamento urbano no esforço mundial contra as mudanças climáticas – um dos maiores desafios de nosso tempo. Esforço que envolve desde a escolha dos materiais mais adequados até a definição dos usos dos edifícios e dos espaços urbanos. Trata-se de uma mudança que vai além da tecnologia. É uma transformação cultural, que tem nos arquitetos e urbanistas seus principais protagonistas. Também nesse mês, as Nações Unidas também comemoraram o “Outubro Urbano”, com uma série de atividades e eventos para discutir desafios e soluções para o urbanismo em todo o mundo.

 

Outras duas datas importantes: o Dia Mundial do Habitat (5) e o Dia Mundial das Cidades (31).

 

Hoje, as áreas urbanas do mundo são responsáveis por mais de 70% do consumo global de energia e de emissões de CO2, maioritariamente provenientes de edifícios. Durante as próximas duas décadas, estima-se que uma área aproximadamente igual a 60% da totalidade do parque edificado mundial será construída e reconstruída em áreas urbanas de todo o mundo. Isto proporciona uma inédita oportunidade para reduzir as emissões de CO2 de combustíveis fósseis, através do reajustamento do sector mundial da construção a uma trajetória de eliminação gradual das emissões de CO2 até 2050.

 

Com o tema “Arquitetura, Edificações, Clima”, a UIA quer usar a data em 2015 para despertar a consciência dos líderes mundiais que participarão em dezembro da COP 21 em Paris – convenção dos 196 países-membros das Nações Unidas que vai produzir um novo acordo para diminuir a emissão de gases de efeito estufa e combater o aquecimento global. A partir das ações desenvolvidas, a UIA vai destacar o papel essencial da Arquitetura e do Urbanismo na redução dos gases associados ao efeito estufa. O Brasil é representado na UIA pelo ouvidor do CAU/br, conselheiro Roberto Simon, indicado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil.

 

“Em um mundo que precisa de inovação e criatividade na busca por soluções mais sustentáveis e que respeitem o meio ambiente, a função do arquiteto e urbanista na sociedade deve ser promovida, valorizada e também celebrada. Mais do que nunca, a sociedade precisa desses profissionais para encontrar novas maneiras de viver e de se relacionar com o mundo à sua volta”, afirma o presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro. Hoje o Brasil possui 131 mil arquitetos e urbanistas ativos e 16.800 empresas de Arquitetura e Urbanismo registradas. Veja quadro com detalhes:

Números atualizados de profissionais e escritórios de Arquitetura e Urbanismo no Brasil, com divisão por Unidade da Federação. Fonte: SICCAU.
Números atualizados de profissionais e escritórios de Arquitetura e Urbanismo no Brasil, com divisão por Unidade da Federação. Fonte: SICCAU.

 

No ano passado, durante o Congresso Mundial de Arquitetura realizado em Durban (África do Sul), os conselheiros da UIA redigiram e aprovaram o documento “Imperativos para 2050“, que lista uma série de desafios dos arquitetos para promover a sustentabilidade das construções e combater o aquecimento global. São as seguintes:

 

  • Planejar e projetar cidades, povoações, expansões urbanas e novos edifícios para serem neutros em carbono, o que significa não consumirem mais energia no decurso de um ano do que a que produzem ou importam a partir de fontes renováveis de energia;
  • Renovar e reabilitar as cidades existentes, povoações, expansões urbanas e edifícios para serem neutros em carbono, respeitando os valores culturais e patrimoniais;
  • Nos casos em que não seja viável ou exequível alcançar a neutralidade em carbono, planejar e projetar cidades, povoações, expansões urbanas, novos edifícios e renovações do edificado para que sejam altamente eficientes e aptas a produzir ou a importar, no futuro, toda a sua energia a partir de fontes renováveis.
  • Advogar e promover a responsabilidade social da Arquitetura para com a comunidade, desenvolvendo e fornecendo acesso equitativo à informação e aos instrumentos necessários para planejar e projetar ambientes construídos sustentáveis, resilientes, inclusivos e de baixo/zero teor em emissões de carbono; além de projetar sistemas locais de zero/baixo custo de energias renováveis e de recursos naturais (tais como aquecimento e arrefecimento passivos, captação e armazenamento de água, água quente solar, iluminação natural e sistemas de ventilação naturais).

 

Obra na Noruega do escritório TYIN Tegnestue Architects, que recebeu menção honrosa no UIA Prize Award 2014
Obra na Noruega do escritório TYIN Tegnestue Architects, que recebeu menção honrosa no UIA Prize Award 2014

 

HABITAT – Além da COP 21, as Nações Unidas, por meio de seu programa Habitat, também está desenvolvendo uma série de atividades em preparação para a Conferência Habitat III, que acontecerá no Equador em 2016. Neste mês, eles estão promovendo o “Outubro Urbano”, uma série de atividades e eventos para discutir desafios e soluções para o urbanismo em todo o mundo.

 

As atividades começam também no dia 5 de outubro, quando se comemora o Dia Mundial do Habitat, em que as Nações Unidas propõem a reflexão sobre o estado de nossas cidades e sobre o direito à moradia adequada. Em 2015, o tema do Dia Mundial do Habitat é “Espaços Públicos para Todos”, para destacar a importância das ruas e dos espaços públicos nas cidades.

 

Em 31 de outubro, comemora-se o Dia Mundial das Cidades, com o tema “Desenhados para Viver Juntos”. A ideia é promover a união e a harmonia tornando nossas cidades e vizinhanças inclusivas e com convivência. Segundo o programa Habitat, a urbanização planejada maximiza a capacidade das cidades em gerar emprego e renda, e estimular a diversidade e a coesão social entre diferentes classes sociais, culturas, etnias e religiões.

 

O Brasil conta hoje com 350 escolas/cursos de Arquitetura e Urbanismo, que formam a cada ano 10 mil profissionais. O mapa mostra a mobilidade dos egressos da UFRGS. O ponto vermelho é a sede da universidade, em Porto Alegre; os pontos verdes indicam onde os egressos da faculdade trabalham atualmente. Fonte: IGEO.
O Brasil conta hoje com 350 escolas/cursos de Arquitetura e Urbanismo, que formam a cada ano 10 mil profissionais. O mapa mostra a mobilidade dos egressos da UFRGS. O ponto vermelho é a sede da universidade, em Porto Alegre; os pontos verdes indicam onde os egressos da faculdade trabalham atualmente. Fonte: IGEO.

Saiba mais em:

UN-Habitat

UIA 

 

 

* Com informações do CAU/BR.

 

 

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