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BIM: transformação no fazer arquitetura

Controle total do andamento e ciclo de vida de um projeto. Isso é rotina para quem lida com construção. A tecnologia BIM (Building Information Modeling) é aliada do arquiteto e urbanista que assume o papel de coordenador de todas as disciplinas e processos envolvidos na obra.

Através da ferramenta, é possível reunir todas as informações – materialidade, peso, questão acústica, conforto térmico, cores – em plataforma tridimensional. Essa é uma evolução: até poucos anos, em arquitetura, se trabalhava com régua, esquadro, lápis e papel, principais instrumentos de trabalho. A computação, desde a chegada do CAD, tem transformado o jeito de trabalhar, ainda que a lógica seja a mesma: a excelência como resultado.

Fernando Brentano é arquiteto e urbanista do escritório Moraes Brentano Arquitetura, vice-presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-RS) e coordenador do Grupo de Trabalho BIM da entidade. Desde os primeiros softwares acompanha cada novo passo da tecnologia. “Passamos a digitalizar o que antes era analógico, uma mudança radical ao que era feito até então”.

Vantagens na prática

O BIM incorpora a conexão das disciplinas num patamar de interação que os métodos anteriores não permitiam. “Possibilita visualizar todos os pontos em detalhes, o que significa saber exatamente o resultado que se pretende ter”, comenta Brentano.

Diminuindo as chances de erro em fase de projeto, por consequência, o BIM acaba minimizando os problemas de obra, o que representa ganhos para toda a cadeia da construção, incluindo o arquiteto. Pois arquitetura é bem mais do que estética; envolve forma, mas também função e estabilidade. Uma obra deve atender uma série de requisitos.

Aprender a usar a ferramenta pode ser um pouco trabalhoso, exige tempo de estudo e investimento. Mas é essencial: a tecnologia BIM já é diferencial de mercado e deve influenciar a formação dos arquitetos e urbanistas também. “Quem está acostumado a trabalhar de um jeito precisa repensar o que oferece. As universidades ainda não estão suficientemente prontas e não formam arquitetos com essa nova visão. Não tenho dúvidas que o BIM deve alterar o sistema de ensino e resistências que devem ser superadas. Há uma geração que já não conseguem mais pensar em CAD; é como preferir telefones antigos a smartphones”, avalia.

O BIM contribui efetivamente para a valorização do trabalho do arquiteto uma vez que o diferencial está, justamente, na força da assertividade do projeto, na economia de custos de obra, na modernidade da ferramenta e, sobretudo, porque o arquiteto entrega um compilado de dados. “E a informação é o mais importante de tudo num projeto”.

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Uma resposta

  1. Sou usuário do Revit e realmente é um outro patamar. É fascinante poder projetar elementos arquitetonicos e estruturais com um grau de simulação virtual impressionante. Uma ferramenta poderosa que fornece ao projetista um dominio completo de todas as faces do projeto. E sem o engessamento que muitos softwares produzem.

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